Portadores de uma eterna desfiguração que os impede de passar despercebidos, os Nosferatu, muito antes que a maior parte dos Membros, aprenderam rapidamente a se esconder da humanidade. 

Isso ainda não foi o suficiente para privá-los do alto preço pago durante a Primeira e a Segunda Inquisição. No entanto, transformaram-se em mestres do ocultamento e dos esconderijos.

Por isso, a megaestrutura nos subterrâneos de São Miguel, conhecida como A Masmorra, é muito mais que apenas um conjunto de túneis e canais abaixo das ruas da metrópole. É um verdadeiro labirinto, construído e reconstruído com o objetivo de ludibriar os invasores e intimidar os convidados.

A Masmorra

Abaixo das ruas de São Miguel vive uma outra sociedade de criaturas da noite. As Crianças de Xavier, como são conhecidos os vampiros filhos, netos e bisnetos do poderoso e recluso Xavier Ferrero.

Dizem que, apesar de haver cerca de 10 vampiros reconhecidos pela Corte, existem muito mais habitando os esgotos. 

A Corte sempre disse que, desde que fiquem por lá, o que as Crias de Xavier fazem é problema do próprio Xavier e do clã, formalmente.

No entanto, o que não se sabe ao certo, é se este número desconhecido de neófitos e até sangues-ralos, é ou não é um problema para todos os Membros. E até mesmo para os Nosferatu.

Com intuito de manter a ordem no subterrâneo, foi criada a Coterie A Masmorra. Atualmente, Xavier e seus principais asseclas integram a Coterie e têm passado grande parte do tempo limpando os esgotos de tudo que não seja Nosferatu.

A Biblioteca Escura é um verdadeiro bunker de informações mantido pelo clã Nosferatu com apoio do clã Tremere.

Localização Misteriosa

A localização exata da Biblioteca é um segredo, pois, uma vez nos labirintos dos Nosferatu nos subterrâneos de São Miguel, a quantidade de caminhos tortuosos leva qualquer visitante à confusão sobre onde – de fato – está. 

Além disso, inúmeros centros magnéticos estão instalados por vários locais de todo o território no subsolo, o que inviabiliza o uso de bússolas. Quanto ao uso de tecnologias de localização por GPS e afins, as várias barreiras de chumbo em vários pontos e outros recursos de dissuasão tornam o local invisível a satélites.

Acervo do Absurdo

O nome do acervo pode assustar mas todos os poucos que tiveram acesso ao lugar dizem que é realmente isso. Quilômetros e quilômetros quadrados de galerias, estantes, andares e porões herméticos com milhares de livros, papiros e documentos sobre os mais variados assuntos.

Há exemplares de todo tipo de literatura. Mas o que mais causa interesse nos Membros e alimenta as mais diversas lendas é o possível Acervo Vampírico alocado por lá. Dizem haver ali cópias de tratados centenários entre clãs, vampiros, coalizões e muitas outros ‘assuntos interessantes’ cujo acesso é altamente controlado pelo próprio Xavier. O acervo é um verdadeiro banco de segredos, cujas chaves e senhas apenas o Patriarca tem.

Apesar de o patriarca Xavier ser um erudito com grandes problemas com a tecnologia do século XX, ele não abriu mão de usá-la a seu favor, como fizeram seus irmãos de clã ao redor do mundo.

Por isso, aproveitando as oportunidades e favores conseguidos diretamente com o Príncipe, Xavier escolheu para seu séquito homens e mulheres cuja vida imortal pudesse ser conciliada com a necessidade de se aprender e entender o que a tecnologia poderia trazer para os ‘controles’ do clã na cidade. 

Por isso, ao longo das décadas de 1980 e 1990, um seleto grupo de hackers criou uma rede de computadores conectada a diversos ‘centros nervosos’ de São Miguel à medida que iam surgindo.

A Rede de Acessos

Segurança pública, trânsito, sistemas de saúde e educação. Tudo estava ‘conectado’ nos Servidores, até que a Segunda Inquisição transformou a Internet e a conectividade de aliadas a inimigas não apenas dos Nosferatu, mas de todos os imortais.

No entanto, apesar de desligada da Internet, a rede de servidores ainda tem alguma serventia quando qualquer um de seus sistemas é acessado isoladamente. Muitos grupos pagam caríssimo aos Nosferatu por tal uso, enquanto outros arriscam a sorte no subterrâneo em busca de ‘acesso gratuito’.

Polos Isolados

Vários pontos de acesso hoje estão completamente desativados. No entanto, outros estão funcionais por meio de acesso local. Ou seja, o usuário precisa chegar até o polo de conexão e descobrir a qual sistema ele se conecta para então poder utilizar o sistema para seus próprios fins. 

Desconfia-se, inclusive, que vários destes centros estão ‘estrategicamente esquecidos’ nos subterrâneos para servir de isca a incautos que estaria violando a Tradição do Domínio ao acessá-los sem permissão.